Infelizmente, só há como saber se um rompimento foi falso ou não depois que tudo já aconteceu. Utilizando apenas gráficos é praticamente impossível. Talvez, algumas técnicas de leitura de fluxo (tape reading) possam te dar uma visão mais clara do que está acontecendo naquele instante. Mesmo assim, grandes players trabalham com ordens escondidas e algoritmos que só atuam a partir de determinados eventos. Então, nem dá pra prever como será a defesa de quem está na posição contrária.
Eu tenho como regra SEMPRE abrir posição no rompimento, mas faço com lotes menores, alvo e stop curtos. Na maioria das vezes, dá pra pegar 3 ou 4 pontinhos no dólar ou de 50 a 60 pontos no índice. Quando isso acontece, faço realização parcial, ou seja, saio de metade da posição e coloco o stop no ponto de entrada. Quase sempre, o mercado volta pra pegar meu stop de segurança e depois vem a violinada. Mas isso faz parte. Eu prefiro tomar uma violinada do que ter um prejuízo grande e/ou perder a oportunidade de pegar uns pontinhos pra fazer uma gordurinha.
O risco maior desse tipo de operação é a fila que suas ordens enfrentam no livro de ofertas. Ontem, por exemplo, por 4 ocasiões o mercado bateu na minha realização parcial mais de 200 vezes (ou seja, houve mais de 200 negócios na cotação onde estava minha ordem), largou minha ordem na pedra e foi buscar meu stop.
É preciso lembrar que, num rompimento de resistência ou renovação de máxima do dia, vendedores farão de tudo para segurar a cotação. Nas renovações de mínima ou perdas de suportes, compradores montarão defesas ferozes. Nessas situações, as filas no livro de ofertas ficam gigantescas. É preciso colocar mais esse risco na ponta do lápis.
Mesmo assim, particularmente, prefiro arriscar entrando na operação do que ficar olhando o mercado ir embora sem mim... ;)