Com o início da RLP (Retail Liquidity Provider) nesta semana no mercado futuro da B3 de WIN e WDO, foi possível identificar algumas mudanças no fluxo. Esta modalidade de oferta de ordens procura substituir o uso generalizado dos negócios diretos e permite às corretoras atuarem como contraparte de seus clientes, nas ordens agressoras destes, em condições iguais ou melhores do que apresentado no book.
Acredito que no dólar os efeitos tem sido menores porque a maior parte do volume financeiro negociado é no contrato cheio (que não tem ainda a RLP).
No índice, por outro lado, ocorre o inverso. O volume financeiro médio do mini atualmente é bastante superior ao do cheio, de cerca de 10x. Alguns players grandes começaram a atuar de forma mais contida. A RLP tem um limite máximo de 15% do volume total do ativo, o que é suficiente para gerar impactos no mercado. Por serem as ofertas RLP "lotes escondidos", que não aprecem no book, os pontos de absorção tem a sua importância ampliada na leitura do fluxo.
A B3 divulgou em sua página http://www.b3.com.br/pt_br/reg... informações sobre a RLP, com os documentos que resultaram da consulta pública realizada. Agora é observar as consequências na prática. Poderiam ter reduzido os emolumentos com a implantação da RLP, o que foi uma das sugestões apresentadas para ampliar a participação de pessoas físicas no mercado, ou então ser definido em uma regulamentação da CVM.